quinta-feira, 30 de agosto de 2012

DEUS É UMA PESSOA - PARTE 2

Extraído do Livro: A Santa Trindade - CPAD
Autor: Eurico Bergstén

III. DEUS É UMA PESSOA COM PERSONALIDADE
"Personalidade é o conjunto de características cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo, distinguindo-o de outro indivíduo e da vida animal."
A Bíblia fala da "pessoa de Deus". Fala de Jesus como "...sendo o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa...'''' (Hb 1.3a).
Enquanto várias filosofias agnósticas, entre elas o panteísmo, afirmam que Deus é somente uma "força impessoal" ou que' 'Deus é a natureza" e que Ele se identifica com a sua criação, isto é, onde está a criação, aí está Deus, etc., a Bíblia revela Deus como uma Pessoa divina que possui todas as características de uma pessoa.
Se Deus não tivesse personalidade com a qual pudesse comunicar-se, os homens não teriam jamais a sua sede do Deus vivo saciada porque jamais entrariam em contato com Ele. Mas o nosso Deus é vivo e tem personalidade.

1. Deus fala de si mesmo como de uma personalidade
Quando Moisés perguntou: "Qual é o teu nome?" Deus disse:' 'Eu sou o que sou". E disse mais:'Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós" (Êx 3.14). É impossível imaginar uma expressão mais forte de uma personalidade do que esta!

2. Jesus veio revelar aos homens o seu Pai (Lc 10.22)
Vejamos alguma coisa que Jesus revelou \a respeito da personalidade de seu Pai!

2.1. Jesus falou de Deus muitas vezes como sendo o seu Pai.
Ele disse: "Meu Pai e vosso Pai" (Jo 20.17). Foi Jesus que nos ensinou a orar: "Pai nosso" (Mt 6.9). Quem é Pai é uma personalidade.

2.2. Jesus usou, quando centenas de vezes falou de seu Pai, pronomes pessoais.
Ele disse: "Todas as tuas coisas são minhas e as minhas são tuas". "Vou para ti" (Jo 17.10,11). O uso de pronomes pessoais subentendem a personalidade de Deus.

2.3. Jesus falou de atividades de seu Pai que só são atribuídas a uma pessoa.
Ele disse: "Meu Pai trabalha" (Jo 5.17); "O meu Pai ama (Jo 3.35); "O meu Pai me enviou" (Jo 6.29); "O Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo" (Jo 5.20). Falou da vontade de seu Pai (Jo 6.39,40 etc.), expressões que só se atribuem a uma pessoa. Assim necessariamente Ele é uma pessoa.

2.4. Jesus disse: "Meu Pai é o Lavrador" (Jo 15.1)
Nome que só é atribuído a uma pessoa, a um ser com personalidade.

DEUS É UMA PESSOA - PARTE 1

Extraído do Livro: A Santa Trindade - CPAD
Autor: Eurico Bergstén

I. DEUS EXISTE!
"...há um só Deus, o Pai..." (1 Co 8.6)
A existência de Deus é um fato incontestável. A Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus, mas começa o seu primeiro versículo falando de Deus, como a principal personagem em todo o Universo: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). Deus existe desde a eternidade. Ele é a origem de tudo e tudo governa e sustenta.
Uma conseqüência do pecado é que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não vejam a glória de Deus (2 Co 4.4), Nesta sua cegueira espiritual, os homens se fizeram deuses e senhores. A Bíblia afirma: "...há muitos deuses e muitos senhores" (1 Co 8.5b). Porém, no meio destes deuses que estão espalhados sobre o vasto campo deste mundo, como pedrinhas de todo tamanho, ergue-se o Deus Verdadeiro como uma grande colina que se distingue dessas pedrinhas pela sua incomparável grandeza. A Bíblia diz: "...Ele é o único Deus" (Dt 6.4b), e "fora dele não há outro" (Dt 4.35b; Is 42.8a; 44.6b,8b). "Verdadeiramente só o Senhor é Deus" (1 Rs 18.39b).
É por isto uma necessidade conhecê-lo e prosseguir em conhecer ao Senhor (Os 4.6). A Bíblia diz: "É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe" (Hb 11.6). Os que crêem em Deus e o buscam legitimamente experimentarão: Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6).

II. EVIDÊNCIAS QUE PROVAM A EXISTÊNCIA DE DEUS
O inimigo das nossas almas tem procurado completar a desgraça que o pecado causou, fazendo com que os homens chegassem ao ponto de negar a existência de Deus. Negar a Deus é tolice — tanto como alguém querer negar a existência do sol, porque não o vê, por estar encoberto por nuvens. A Bíblia diz: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus..." (SI 14.1a), e ainda: “Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus” (SI 10.4).
Existem, porém, várias evidências para os que desejarem "investigar", para terem certeza de que "Há um Deus".

1. A crença universal em um Ser Supremo
Não existe nenhuma raça humana que não tenha alguma noção de um ser supremo, um deus, de quem, através das suas religiões, procuram se aproximar para agradá-lo comunicando-se com ele por meio de sacrifícios, até de sangue... Muitas vezes é realmente um "deus desconhecido" e na sua cegueira estão tateando para achá-lo (At 17.23,27). A Bíblia diz: "...O que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta..." (Rm 1.19a).
Realmente, o homem foi criado por Deus conforme a sua imagem (Gn 1.26). Ele tem em si partículas desta sua origem divina, e por isto existe nele necessidade de um contato com a sua origem — Deus.

2. A consciência
No íntimo do homem há uma sentença moral sobre os seus atos praticados, sejam bons ou maus. Fala da existência de uma origem superior que no homem fez registrar os princípios da lei divina: "Porque quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei. Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo- os" (Rm 2.14,15).
A consciência universal nos faz compreender que o Ser Supremo é um Ser Moral.

3. A criação do mundo
Fala da existência de um Criador. "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (SI 19.1). O seu eterno poder como a sua divindade se entendem, e claramente se vêem pelas
coisas que estão criadas (Rm 1.20). Como um relógio fala da existência de um relojoeiro, assim a criação fala de um Criador que é poderoso.

4. A Bíblia
A revelação divina escrita revela claramente a existência de Deus. Na Bíblia temos um documento autenticado, que nos faz conhecer a Deus através da sua própria revelação. Assim como alguém que quiser conhecer história, ciência ou qualquer outra matéria, procura estudar a literatura adequada para conseguir o conhecimento desejado, assim também aquele que verdadeiramente quer fazer a vontade de Deus, ele conhecerá, se esta doutrina é de Deus ou não (Jo 7.17).

5. Jesus, o Filho de Deus
Sua existência e vida neste mundo estão historicamente comprovadas. Veio para revelar Deus aos homens (Lc 10.22), e o fazer conhecer (Jo 1.16). Jesus disse: "...Quem me vê a mim, vê o Pai..." (Jo 14.9b). O caminho mais curto para conhecer a Deus é aceitar a Jesus como o seu Salvador, porque ele é o caminho para Deus (Jo 14.6).

6. Uma experiência pessoal da salvação
Por meio do sangue de Jesus Cristo, chegamos perto de Deus (Ef 2.13), e temos então uma absoluta certeza da existência de Deus, porque o Espírito do seu Filho clama em nós: Abba Pai (G1 4.6), e nós podemos com toda a tranqüilidade no coração orar: Pai nosso, que estás nos céus..." (Mt 6.9a).

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Tudo posso naquele que me fortalece"

Um estudo exegético de Filipenses 4:13
de Dennis Downing

Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?

O contexto imediato

Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer. Como sempre é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato (Fil 4:10-20) indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11) “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.

Paulo poderia, de repente, sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral. Ou, como alguns entendem pela frase isolada, ele poderia dizer que, por meio de Cristo, consegue realizar de tudo. No entanto, para fazer isso, seria esperado que Paulo desse algum sinal de tal mudança. A ausência de uma sinalização não impede de forma categórica esta possibilidade. Mas, sendo que o contexto imediato é satisfatório, e que não há evidência clara dele ter intencionado uma afirmação mais geral, devemos concluir que o ponto dele neste versículo é de que, dentro das necessidades pessoais (embora estas necessidades sejam enormes), com Cristo, ele terá tudo que precisa para lidar com elas.

Como Paulo usava “tudo”

Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade. [1]

Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade.

De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo.

Da mesma forma, em Fil 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fil 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito. Mas, presumimos que Paulo contaria entre aqueles em quem confiava pessoas como Epafrodito (4:18) e os da casa de César (4:22). Portanto, ele não estava relegando nem a raça como um todo, nem toda a população de Roma ao grupo dos que “buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Ele quis dizer que muitos eram assim, porém Timóteo era diferente.

De igual modo, ao dizer em Fil 4:13 “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).

O foco da passagem

Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Esta tradução é salutar, pois coloca a ênfase em Cristo e demonstra que o objetivo não é as conquistas do homem e sim sua capacitação para, com Cristo, enfrentar as situações, tão adversas quanto forem, que a vida traz.

É um eqúivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcancar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a imporância das grandes realizações pessoais. Em 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superior a todas as suas conquistas (3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo. O ponto de Paulo é de assegurar estes irmãos de que, na abundância ou na adversidade, Cristo os faria fortes o suficiente para lidar com qualquer situação, permanecendo fiéis a Ele.

Perigo de interpretação

Existe pelo menos um perigo de uma interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem. “Cristãos frequentemente anunciam, ‘Tudo posso naquele que me fortalece’, para assegurar a outros (e a eles mesmos) que podem ser bem sucedidos em empreendimentos para os quais eles podem ou não ser qualificados. Fracasso subsequente os deixa transtornados com Deus como se ele tivesse quebrado uma promessa!” [2]

Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor dEle por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu. Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele.

A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria. Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus.

Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20). Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, dentro dos limites que Deus estabelece e permite. Haverá ocasiões em que vamos querer fazer coisas boas, até coisas para Deus, mas não conseguiremos, porque não era a vontade de Deus naquele momento, ou naquela situação, ou com aquela pessoa.

A respeito desta passagem D.A. Carson alerta: - Uma antiga preferência é Filipenses 4.13: "... tudo posso naquele que me fortalece". O "tudo" não pode ser completamente ilimitado (e. g., saltar sobre a lua, resolver "de cabeça" complexas equações matemáticas ou transformar areia em ouro); portanto, a passagem geralmente é exposta como um texto que promete aos crentes a força de Cristo em tudo o que eles têm a fazer ou em tudo o que Deus lhes ordena que façam. Sem dúvida, este é um conceito bíblico; contudo, no que se refere a esse versículo, dá-se pouca atenção ao contexto. O "tudo" aqui consiste em viver alegre em meio a fartura ou fome, em abundância ou escassez (Fp 4.10-12). Seja qual for sua situação, Paulo pode lutar com alegria por meio de Cristo, que o fortalece. [3]

Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais. Mas a ênfase não está nele só, e sim nAquele que lhe dá esta força – Cristo Jesus. O versículo pode ser dividido em duas partes “tudo posso” e “naquele que me fortalece”. O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”

Hoje em dia os Cristãos ainda enfrentam as incertezas do desemprego, o medo da violência e da doença. É preciso assegurá-los de que, com Cristo, podemos lidar com qualquer situação, não importa quão adversa for. Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.

E o “tudo” que podemos fazer?

Alguns ainda querem saber, "o homem pode fazer tudo o que ele precisa fazer?" Até isso, na verdade, é relativo. O homem às vezes pensa que precisa fazer algo, tenta fazer e se frustra quando não consegue. Ele declara que Deus não existe, ou reclama que Deus não ouviu suas orações. Mas, Deus muitas vezes sabe que há uma grande diferença entre o que o homem pensa que precisa e o que ele realmente precisa. Quando era jovem namorei uma moça e pensei que precisava casar com ela. Não deu certo. Acabei esperando até quase 40 anos de idade para casar. Hoje, sei que Deus me deu, graças à sua vontade que é sempre melhor, a esposa que eu realmente precisava.

Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, sim, diria que o homem pode fazer o que precisa. Mas, esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de poder fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos.

Talvez a grande questão não é se Deus me capacita para fazer tudo que preciso. Dentro da soberana vontade dEle, Ele sempre capacita. O problema é que eu nem sempre quero fazer tudo para o qual Ele me capacitou. Talvez para Deus parece que queremos saber se podemos fazer de tudo, quando tão pouco fazemos com o “tudo” que já podemos. Que Deus nos ajude a, como Paulo, nos contentarmos não só com aquilo que Ele nos deu, mas com aquilo que Ele nos capacitou a fazer, e esmeremo-nos ao fazê-lo.

Para uma pregação baseada neste estudo sobre Filipenses 4:13 veja:
“Será que realmente 'Tudo posso naquele que me fortalece'?”

Para uma meditação sobre Filipenses 4:13 veja:
"Posso TUDO?" do site iluminalma

[1] Bullinger, E. W. (1898). Figures of speech used in the Bible (Page 615). London; New York: Eyre & Spottiswoode; E. & J. B. Young & Co.)

[2] Klein, W. W., Blomberg, C., Hubbard, R. L., & Ecklebarger, K. A. (1993). Introduction to biblical interpretation (Page 481). Dallas, Tex.: Word Pub.

[3] Carson, D.A. “Os Perigos da Interpretação Bíblica” (antiga “Exegese E Suas Falácias”), São Paulo: Edições Vida Nova, 1992, numa seção intitulada “Inferências Injustificadas” (páginas 108-9)

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08/08/09